Indicadores financeiros essenciais: como analisá-los na sua clínica?

A análise de indicadores financeiros é uma das tarefas que não podem faltar na lista do setor de faturamento da sua clínica. Afinal, avaliar o trabalho da área financeira periodicamente é importante para verificar se o resultado está saindo conforme o planejamento.

Então, após a avaliação de indicadores, você e sua equipe conseguem antecipar problemas e identificar oportunidades. Neste artigo, confira algumas dicas para analisar os indicadores financeiros a favor do seu negócio.

3 indicadores financeiros fundamentais para sua clínica. Saiba como analisá-los!

Lucratividade

Esse indicador tem como objetivo mostrar os ganhos da clínica referente aos serviços prestados aos pacientes. Portanto, expõe se os atendimentos estão gerando receita para cobrir os custos ou não.

Nem todo dinheiro que entra na clínica está gerando um saldo positivo, pois existem vários gastos, como: mão de obra, materiais, tecnologias, etc. Sendo assim, para visualizar se a empresa está apresentando lucratividade, realize o seguinte cálculo:

  • Lucro líquido ÷ Receita bruta x 100

Considere como receita bruta o total recebido sem descontos. Enquanto o lucro líquido é todo o valor que sobra para a clínica, depois de descontar os gastos.

Veja o exemplo a seguir: a receita bruta de um consultório é de R$50 mil no mês. Sendo que nesse período, os gastos somaram R$20 mil. Então, o lucro líquido foi de R$30 mil.

  • Cálculo: R$30.000 ÷ R$50.000 = 0,6 x 100 = 60. Nesse caso, a lucratividade é de 60%.

Margem de Contribuição

Esse indicador mostra o valor que sobra de cada consulta feita, a fim de identificar se haverá lucro, mesmo depois dos descontos.

A margem é a diferença entre o valor de repasse (venda) e os valores de custos variáveis e despesas variáveis dessa venda.

Já a contribuição representa quanto o dinheiro das vendas contribui para o pagamento das despesas fixas e para gerar lucro.

Nesse sentido, a margem de contribuição tem base em 2 momentos: antes da consulta e pós-atendimento.

Por exemplo, toda vez que o médico atende um paciente, precisa usar novas luvas. Desse modo, antes do atendimento, a clínica tem despesas com a compra do material. Esse valor entra no cálculo da margem de contribuição. O segundo momento é a pós-consulta, em que o estabelecimento deve preocupar-se com os tributos, pagamento da mão de obra, entre outros valores.

Agora, entenda a diferença entre os custos variáveis e despesas variáveis para que o cálculo do indicador fique mais compreensível.

Os custos variáveis representam aqueles gastos esporádicos ligados à queda ou aumento da quantidade de atendimentos. Aaah! Lembrando que os gastos com energia e água também podem entrar como custos variáveis se estiverem relacionados de forma direta à prestação de serviço.

As despesas variáveis são os gastos para manter o estabelecimento em funcionamento, porém não precisam ter uma ligação direta com o produto. Por exemplo: impostos, comissionamento de funcionários, etc.

Veja agora como calcular a margem de contribuição de uma consulta:

  • Valor das consultas – (custos variáveis + despesas variáveis) x 100

Pense na seguinte situação: o preço do procedimento é de R$400. Para que esse atendimento ocorra, há um custo de R$100. Além do mais, o acordo é de que a clínica repasse ao médico 20% em cima do valor do procedimento.

A receita é de R$ 400. Os custos variáveis são de R$ 100 e o repasse médico é de R$80.

  • Veja o cálculo: R$400 – (R$100 + R$80) = 220. A margem de contribuição unitária será de R$220.

Ticket médio: um dos indicadores financeiros mais importantes para entender o desempenho da clínica

O ticket médio é o valor médio dos serviços prestados durante um determinado período de tempo. Esse índice ajuda a compreender a performance da clínica e da equipe, pois o gestor consegue identificar se os trabalhos e atividades estão gerando lucro.

A precificação precisa levar em consideração o perfil do paciente e todos os recursos usados na execução do trabalho. Então, para verificar o ticket médio da clínica, faça o seguinte cálculo:

  • Valor do faturamento ÷ volume de atendimentos

Confira um exemplo: o faturamento mensal dos atendimentos é de R$50.000 dividido pela quantidade de consultas, que é de 250 por mês.

  • O cálculo será R$50.000 ÷ 250 = R$200

Claro que, a clínica pode ter atendimentos e procedimentos de diferentes preços. Exemplo: um de R$ 100, outro de R$300. Mas, fique tranquilo, porque o ticket médio leva em consideração essa diferença e mostra o valor médio de todas as consultas e procedimentos.

Visão ampliada da clínica com indicadores financeiros

Depois de coletar os dados e avaliar os indicadores financeiros, sua equipe consegue entender a realidade do estabelecimento. Portanto, tem uma visão ampliada dos pontos de melhoria e acertos.

Após a avaliação, não deixe de elaborar planos de ação a fim de otimizar os índices ruins e melhorar ainda mais os pontos fortes da clínica, além de definir metas e os responsáveis para a execução dos planos.

Além disso, busque tecnologias que agilizem e automatizem alguns processos do estabelecimento de saúde, assim, você melhora os resultados gerais do negócio. O Validador TISS é um exemplo de software que não pode ficar de fora das prioridades. Afinal, a plataforma ajuda a diminuir as glosas por meio da validação de documentos TISS, impactando positivamente no faturamento. Saiba mais sobre esse sistema, clique aqui.

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