4 dados que ajudam a avaliar a qualidade do faturamento médico

A gestão de faturamento médico é uma parte fundamental da administração de qualquer estabelecimento de saúde. Por isso, os gestores precisam ficar atentos aos principais dados do financeiro, a fim de avaliar a qualidade do faturamento. Assim, é possível analisar os acertos e aplicar ações de melhorias.

Assegurar a eficiência do processo de faturamento economiza tempo e recursos. Além disso, garante que os convênios médicos recebam as cobranças corretamente e que os prestadores recebam os pagamentos de forma adequada pelos serviços prestados.

Lembrando que uma gestão do faturamento deficitária pode trazer grandes prejuízos às companhias. Afinal, estamos falando da saúde financeira da instituição. Outro ponto importante de ressaltar é que há prestadores de serviço (clínicas, hospitais, consultórios, etc) que têm mais de 50% da renda mensal vinda de operadoras. Por isso, o assunto precisa de bastante cuidado.

Nesse contexto, os indicadores ajudam as instituições com um olhar mais aguçado e profundo sobre determinados temas corporativos.

4 dados que auxiliam na verificação da qualidade do faturamento médico

1. Taxa de rejeição de faturamento

A taxa de rejeição de faturamento é a quantidade de contas médicas rejeitadas pelos planos de saúde quando as guias ainda estão no formato XML TISS. Ou seja, isso pode acontecer por conta de falhas no preenchimento, dados incompletos ou errados, entre outras razões.

Uma alta taxa de rejeição significa que o processo de faturamento está em discordância com as diretrizes das operadoras. Esse indicador pode ajudar o estabelecimento a entender os pontos falhos no processo da área.

Cálculo: Taxa de rejeição = Quantidade de contas rejeitadas / Quantidade de contas enviadas x 100.

Exemplo: 500 guias encaminhadas e desse número 50 receberam o retorno de rejeição no XML = (50/500) x 100 = 0,1 x 100 = 10%.

2. Taxa de recuperação de glosas

Esse é um dos dados mais importantes a serem considerados quando o assunto é a qualidade do faturamento médico, pois com ele é possível avaliar a capacidade do setor em resolver glosas.

Uma taxa alta de recuperação de glosas sugere que o processo de resolução de erros referente às contas médicas está sendo administrado de maneira eficiente. Aliás, esse indicador pode ajudar os gestores a embasar as próximas ações do departamento.

Cálculo: Taxa de recuperação de glosas = número de glosas recuperadas / valor total de glosas identificadas X 100.

Exemplo: imagine que R$ 1005,00 é o valor de guias glosadas, e houve a recuperação de R$ 510,00 = (510 / 1005) X 100 = 0,5074 X 100 = 50,74% é a porcentagem de glosas recuperadas.

3. Tempo médio do ciclo de faturamento

Profissionais trabalhando com notebook em um escritório. Imagem simboliza que o time está atuando com dados que ajudam a avaliar a qualidade do faturamento médico.

O tempo médio do ciclo de faturamento permite entender a eficiência do processo, considerando desde a hora que o paciente recebe alta até o instante em que as contas são encaminhadas.

Esse indicador possibilita analisar o tempo necessário para processar uma conta médica. Ao fazer os comparativos, um ciclo de faturamento mais curto pode indicar maior eficiência na execução dos processos.

Cálculo: Tempo médio do ciclo de faturamento = total de dias relacionados ao processamento de todas as contas do lote / número total de contas do lote.

Exemplo: imagine que em um lote de 70 guias somaram um total de 250 dias de processamento = 250/70 = 3,5 dias.

4. Contas médicas com não conformidades administrativas

Certamente, os dados são essenciais no faturamento médico, e o indicador de contas médicas com não conformidades administrativas é um exemplo de dado fundamental para o departamento. Afinal, ele permite avaliar a precisão das informações nas contas médicas.

As não conformidades administrativas referem-se aos erros, problemas ou informações incompletas nas contas médicas que chegam para a área de faturamento.

Um alto índice mostra que as informações fornecidas pelos outros setores envolvidos são imprecisas e trazem erros. A correção, nesse caso, precisa ser feita no pré-faturamento, a fim de evitar as glosas e outros problemas.

Cálculo: Contas médicas com não conformidades administrativas = número de contas com não conformidades / número total de contas que chegam no faturamento X 100.

Exemplo: imagine que de 100 que chegaram no setor, 25 retornaram às áreas de origem por não conformidades administrativas = (25/100) X 100 = 0,25 X 100 = 25%.

Com esse indicador, é possível entender a origem dos erros e, em seguida, aplicar melhorias. Vale ressaltar que a instituição pode fazer o cálculo de acordo com um período de tempo, mas também pode fazer por operadora ou buscar outro parâmetro.

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